A 5ª edição da Autêntica Mostra Cinemas do Brasil está com inscrições abertas para cineastas que queiram exibir obras dedicadas aos cinemas de rua do país. Com o tema Reminiscências do Passado Histórico, o evento busca produções que abordem as memórias, personagens e experiências ligadas a esses espaços culturais. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas até o fim de 2025, pelo site oficial: https://memorabiliafilmes.wixsite.com/cinemasdobrasil. 

Idealizada pelo cineasta e pesquisador Eudaldo Monção Jr., a mostra chega à sua quinta edição destacando a importância histórica e afetiva das salas de exibição tradicionais nas cidades brasileiras. Desde sua criação, o projeto já exibiu mais de 90 filmes em formatos presenciais, virtuais e por meio de parcerias com emissoras públicas.

A curadoria da edição atual valoriza filmes que revisitam a trajetória dos cinemas de rua e a experiência coletiva do público na sala escura, além de discutir transformações tecnológicas e desafios contemporâneos da exibição cinematográfica. Estão no escopo da mostra temas como a preservação audiovisual, o impacto das videolocadoras e plataformas de streaming, além de formatos alternativos como o Drive-In.

A mostra homenageia o Cinema Rio Branco, localizado em Nazaré, no Recôncavo baiano. Em funcionamento desde 1927, é um dos cinemas mais antigos do Brasil ainda em atividade. A escolha reforça o objetivo do evento de valorizar a memória desses equipamentos culturais, muitos dos quais enfrentam abandono ou desativação, agravados pela ausência de políticas públicas e pelos efeitos da pandemia.

As exibições da 5ª Mostra acontecerão gratuitamente na Cidade do México, Xalapa (México), São Salvador (El Salvador), Manágua (Nicarágua), Nazaré/BA (Brasil), além de diversas cidades do Brasil e do exterior, ocupando espaços como cineclubes, escolas, bibliotecas, pontos de cultura e salas de cinema. Parte da programação será veiculada também em TVs públicas e no site da mostra. Filmes selecionados poderão integrar sessões especiais de festivais parceiros. A mostra tem caráter não competitivo e não oferece premiações.

A Mostra é uma realização de Eudaldo Monção Jr., por meio da Memorabilia Filmes, e conta com o apoio cultural das Embaixadas do Brasil na Cidade do México, em São Salvador e em Manágua, por meio de suas unidades do IGR – Instituto Guimarães Rosa, da Red Xalapeña de Cineclubes, da UNAN Manágua – Universidad Nacional Autónoma de Nicaragua, do IRDEB – Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia (TVE Bahia e Educadora FM), da TV Educa Bahia e do Colégio Estadual Dr. José Marcelino de Souza, através da Secretaria de Educação. O evento conta ainda com a parceria institucional do CTAv – Centro Técnico Audiovisual, referência nacional na preservação, salvaguarda e difusão de materiais cinematográficos e audiovisuais, e com apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia, por meio do Fundo de Cultura, da Secretaria da Fazenda e da Secretaria de Cultura, através do Edital de Mobilidade Artística e Intercâmbio.

O curta-metragem O Armário de Gisélia, uma realização da Memorabilia Filmes, dirigido por Eudaldo Monção Jr., produzido por Dedinha Ramos e estrelado por Zezita Matos, Ceomar e Lidhiane Lima, foi selecionado para a 24ª edição do Curta-SE – Festival Iberoamericano de Cinema de Sergipe, um dos mais importantes eventos audiovisuais do país.

Com o tema “Amor Fati: território do querer”, o festival acontece de 3 a 9 de novembro de 2025, em Aracaju (SE), reunindo realizadores, público e imprensa em uma ampla programação de mostras competitivas, sessões especiais e atividades formativas. A abertura oficial está marcada para o dia 3, prometendo movimentar o cenário cultural da capital sergipana.

Realizado pela AVBR Produções, o Curta-SE busca ampliar o acesso à produção audiovisual iberoamericana, incentivar o intercâmbio entre cineastas brasileiros e estrangeiros e formar novos públicos para o cinema nacional. O evento também se destaca pelo incentivo à acessibilidade, economia criativa, cultura popular e sustentabilidade.

A presença de O Armário de Gisélia na seleção oficial reforça a relevância da produção audiovisual independente do Nordeste e marca mais um passo importante na trajetória do diretor Eudaldo Monção Jr., da produtora Dedinha Ramos e da Memorabilia Filmes.

Ceomar é o protagonista do curta O Armário de Gisélia, filme gravado em São Cristóvão/SE e selecionado para a 40ª edição do Festival de Artes de São Cristóvão (FASC 2025)

O curta sergipano “O Armário de Gisélia”, dirigido por Eudaldo Monção Jr. e produzido por Dedinha Ramos, será exibido no dia 20 de novembro, no Cine Trianon, durante a abertura da 40ª edição do Festival de Artes de São Cristóvão (Fasc).

Realizado em São Cristóvão com recursos da Lei Paulo Gustavo, o filme traz Zezita Matos no papel principal, além das participações de Ceomar e Lidhiane Lima. A trama acompanha o reencontro entre tia e sobrinho, que após mais de dez anos separados precisam reaprender a viver em família.

O curta já conquistou o público ao vencer a edição sergipana do Festival de Curtas VoteLGBT e está disponível na plataforma LGBTFLIX.

O Fasc 2025 acontece de 20 a 23 de novembro, reunindo grandes atrações nacionais e locais sob o tema “Na cultura a gente se encontra”. Criado em 1972, o evento chega à sua 40ª edição consolidado como o maior festival cultural de Sergipe e um dos mais importantes do Nordeste, com 53 anos de trajetória como espaço de diversidade artística, formação de público e valorização da cultura brasileira.

Sobre o diretor

Eudaldo Monção Júnior é realizador audiovisual, pesquisador e produtor cultural, formado em Comunicação Social – Audiovisual pela Universidade Federal de Sergipe. Dirigiu obras premiadas como “O Muro é o Meio” (vencedor do prêmio aquisição EBC/TV Brasil em Direitos Humanos) e “Do Outro Lado do Rio” (premiado no Curta-SE). Também assina o documentário “Cinemas de Rua de Aracaju” (Selecionado na Autêntica Mostra Cinemas do Brasil)  e é idealizador da Mostra Cinema e Acessibilidade de Sergipe e do Festival Cinema na Faixa, em São Cristóvão. Sua trajetória é marcada pela valorização da memória, da identidade e dos direitos humanos no audiovisual.