A vida que ele tinha, era tranquila, sem mais delongas, ou atrocidades que pudesse escandalizar o meio social ao qual vivia, esforçou em muito para ter uma posição social, estar apto para entrar no mercado de trabalho, almejou isso como quem deseja que suas últimas forças esvaísse do seu corpo. Lutava de maneira perseverante dia e a noite, até conseguir a Glória, era devoto de Cristo, pois sabia que a vida seria muito curta para não termos um momento na oportunidade.

O meio social ao qual frequentava esbanjava luxo, riqueza, pois ele tinha chegado nesse ponto em que muitos desejas fortunas, não seria capaz de doar tudo que tem aos pobres e seguir a missão de Deus em sua vida.

Certa vez ele ouviu um comentário enquanto ia a um banheiro de bar, em uma de suas bebedeiras, não que devemos separar o joio do trigo.

- Esse cidadão está perdido, não se encontrou ainda.

Ele ouviu aquilo de forma passiva e perguntava no auge de seus vinte oito anos, que encontro seria esse, ao a causa de estar perdido, será que teria algum motivo veemente, entre os percalços que teve que enfrentar, as rasteiras nos colegas de trabalhos que teve que dar, para subir de posição em posição, realmente ele poderia estar perdido, mas não estava só, ao seu lado encontrava-se inúmeras pessoas de valores falsos que alegavam categoricamente ser esse o sucesso em vida e não a paz espiritual.

Outubro 1991

O nascimento daquela criança trazia incerteza aos pais, era um menino saudável, forte, robusto, mas toda insegurança no peito da mãe se propagava ao meio que vivia, qual será o destino do meu filho, por se tratar de filho único, e por ter ele em idade avançada, os carinhos voltaram-se para ele de forma triplicada, era o pai, a mãe, e avó, mimando fazendo as vontades dele, quando chorava, davam muito carinho, era um menino dengoso, aprendeu a conviver com bons sentimentos desde cedo, Gustavo Machado, nome da criança, era um menino bonito, de boa aparência, esse foi seu primeiro ano, ao qual no seu aniversário teve pompas para comemoração, chamou os vizinhos, conhecidos, amigos do casal e eis que comemorou de forma alegre que leve a incerteza que a mãe carregava no peito, como se tivesse um presságio.

- Esse garoto irá sofrer muito. Esse pensamento ia e voltava a todos instantes no pensar materno.

Certa vez o pai embriagado chega em casa, e dirige até a criança, a mãe repulsa por tratar-se da condição que ele estava e poderia acarretar alguma mal.

Ele xinga desesperadamente.

- Porra, eu faço um filho e não posso nem tocar, você é uma mulher inútil, tão inútil que só teve filho na velhice.

Ela cai em prantos segurando o menino, como se a proteção que ele necessitasse estaria ali com ela, o pai continua com seu discurso de ódio a respeito da mãe, sai mais uma vez e fala em tom e bem alto – Só Deus sabe quando irei voltar.

As palavras que o pai proferiu foi uma sentença de morte, sete dias depois seu corpo é encontro em um brejo em total decomposição, com indícios de rituais satânicos.

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