Descrição
Teatro Martim Gonçalves A história do teatro baiano pode ser delimitada pelo antes e depois da criação da Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia (1956). O trabalho de Martim Gonçalves com o grupo A Barca (1956-1963) renovou a cena teatral com uma política de intercâmbio que transformou a escola numa referência para o ensaio de teatro na América Latina e, atualmente, mantém intercâmbio com instituições em âmbito internacional. O teatro Martim Gonçalves (nome atual do original Teatro Santo Antônio criado por Martim no casarão homônimo em 1958) teve ao longo desses anos um papel importante como renovador da cena teatral. Criado para ser reestruturado em dois anos, o teatro Martim Gonçalves manteve-se com pequenas reformas durante mais de 40 anos e, agora, reconstruído, é devolvido à cidade como um de seus melhores equipamentos. Esse empreendimento pioneiro podia ser considerado, na época, uma utopia, porém o reitor convidou um dos fundadores do Teatro Tablado do Rio de Janeiro, o artista, professor e médico pernambucano Martim Gonçalves, o criador e primeiro diretor da Escola de Teatro da UFBA (1956-1961). Da primeira turma de alunos saiu o que constituiria o Teatro dos Novos (1959) que resultou no Teatro Vila Velha (1964), de grande importância na formação e consolidação do atual teatro e cultura baianos. teatro_martim_goncalves2 martim goncalves 1 O Teatro Martim Gonçalves foi reconstruído tendo como base a concepção inicial de palco italiano, com plena caixa cênica que permite aos estudantes e professores uma infraestrutura física para ensino e que tem no teatro seu principal laboratório de ensino, pesquisa e extensão. O antigo teatro foi demolido e reconstruído, elevando-se a altura do mesmo para que fosse colocado o piso da sofita de iluminação e cenotécnica (estrutura de aço, com passarelas para colocação de refletores e subida/descida de cenários); o palco italiano foi ampliado, assim como seus palco giratório, fosso, coxias laterais; foram construídos dois amplos camarins laterais; a plateia também foi ampliada em aclive para 194 lugares, assim como o foyer; foram construídos novos sanitários masculino/feminino e para deficientes físicos, cabine de som e luz; foi construída a casa de ar condicionado, sala de dimmers, e sub-estação abrigada. As instalações elétricas, climatização, sonorização, cenotécnica iluminação cênica, foram também realizadas. Foi necessária a realização da drenagem/urbanização da área externa, envolta do teatro, para que futuramente o mesmo mantenha-se sem umidade. Com a conclusão da reconstrução do Teatro Martim Gonçalves, a Escola de Teatro da UFBA voltou a proporcionar ao desenvolvimento da cultura na Bahia, um teatro com equipamentos adequados às novas tecnologias de sonorização, iluminação, cenotécnica climatização e acústica. Assegurando, também, aos seus professores, alunos, técnicos e a comunidade em geral, uma estrutura moderna de formação artística e técnica para a produção cênica nas próximas décadas. O público tem um Teatro em condições compatíveis com os teatros atuais existentes no país. Cerca de 20 espetáculos são montados anualmente por professores, alunos e artistas convidados. A Escola de Teatro, além disso, nos últimos anos tem recebido nota máxima (seis) na avaliação realizada pela CAPES, em sua Pós-Graduação (Mestrado e Doutorado); assim como nota máxima (cinco) e seus cursos de Graduação, avaliação realizada pelo guia do estudante, publicação que há 12 anos avalia as instituições de ensino superior brasileiras, deste modo a Escola de Teatro da UFBA hoje é, assim como no passado, um centro de referência da arte teatral no Brasil.