Descrição
O Grupo Teatro Imaginário Maracangalha atua desde 2006 em Campo Grande/MS. Por opção estética trabalha a pesquisa em teatro de rua e espaços não convencionais para encenação numa perspectiva crítica e provocadora, com isso amplia o conceito de acesso as artes cênicas, circulando por ambientes que independem da caixa cênica tradicional para compartilhar conteúdo e arte. O formato 360º e os cortejos são marcas tradicionais do TIM. O grupo estreou com a peça “Amar é...” pesquisando o universo do clown, abordando amor e diferenças entre uma palhaça cega e um palhaço mágico, o grupo recorre a referências de Charles Chaplin e a gagues tradicionais do circo. Do repertório consta também a peça cômica “O último beijo”, uma adaptação de foto e rádio novela encenada a partir das fotonovelas produzidas na Revista Grande Hotel da década de 60. Desde 2009 circula com a peça de rua “O conto da Cantuária”, texto medieval de Geofrey Chaucer em Contos de Canterbury (1340) que aborda o comércio das religiões, para tanto utiliza-se da pesquisa no teatro de bufões e cantigas religiosas. A peça de rua “Conto da Cantuária” foi premiada no 30º Festival Sul-mato-grossense de Teatro da FESMAT (Federação Sul-Mato-Grossense de Teatro) em 2011 nas seguintes categorias: Melhor Ator - Fernando Cruz, melhor Atriz - Telma Cordeiro, melhor ator coadjuvante Isac Zampieri e melhor atriz coadjuvante - Aniela Paes. No mesmo Festival, a peça “Tekoha - ritual de vida e morte do Deus Pequeno” - Melhor Espetáculo, Direção, Dramaturgia, Figurino e Sonoplastia na categoria rua. Em cortejo apresenta marchinhas de carnaval, sátiras políticas além de temas diversos e poesias do poeta corumbaense Lobivar Matos que foi objeto de pesquisa para espetáculo de rua Areôtorare sobre a obra e vida deste grande poeta brasileiro e Sul-mato-grossense. Em 2010 o TIM estreou o espetáculo de rua “Tekoha - ritual de vida e morte do Deus Pequeno”, sobre a vida do líder indígena Guarani Marçal de Souza contemplado com Prêmio FUNARTE Artes Cênicas nas Ruas 2010. Ao longo destes anos, a trupe participa ativamente de vários festivais, circuitos e mostras com espetáculos, performances, cortejos e oficinas. O grupo faz parte da Rede Brasileira de Teatro de Rua (RBTR) discutindo estéticas e políticas públicas para arte pública em espaços abertos. Periodicamente realiza o Sarobá sarau/festa e o Seminário Arena Aberta, que reúne artistas de várias linguagens e a comunidade, sistematizando e produzindo arte e conhecimento sobre as estéticas para rua e ocupação dos espaços públicos abertos. E anualmente realiza a Temporada do Chapéu, um festival nacional de teatro de rua, intervenção e performance a céu aberto. Além de comemorar o aniversário do grupo com uma mostra, na qual, apresenta todo seu repertório pela cidade de Campo Grande-MS. Em 2012 o grupo passa a ter uma sede própria, além de manter a oficina “Teatro de Rua - Atos do Ofício” pesquisando nesta, uma metodologia própria para ocupação da rua numa perspectiva transgressora e uma estética própria, realizando semanalmente intervenções pelas ruas da cidade. A trupe é dirigida por Fernando Cruz e tem como membros Fran Corona, Moreno Mourão, Estefânia Martins, Paulo Augusto, Renderson Valentim, Pepa Quadrini e Ariela Barreto. Com produção de Ana Capilé e Fabíola Marques. Em 2013 o grupo estreia o espetáculo “Areôtorare - verbo negro e bororo do Índio Profeta” que foi contemplado com o Prêmio Estadual de Teatro Rubens Correa em 2012 da Fundação Estadual de Cultura do MS. Em 2015 o grupo estreia o espetáculo “Tragicomédia de Dom Cristóvão e Sinhá Rosinha” adaptação do texto de Federico Garcia Lorca, para a montagem o grupo foi contemplado com o Prêmio Estadual de Teatro Rubens Correa em 2014 da Fundação Estadual de Cultura do MS. Hoje o grupo circula com as intervenções “Ferro em Brasa”, "Operário em Construção" e "Cabeça de Papelão" e com os espetáculos 'Conto da Cantuária", “Tekoha - Ritual de vida e morte do Deus Pequeno”, “Cortejo Cenopoético Areôtorare - verbo negro e bororo do Índio Profeta”, “Tragicomédia de Dom Cristóvão e Sinhá Rosinha” além de cortejos carnavalescos, dionisíacos e políticos, fazendo da rua seu palco e seu espaço de pesquisa.