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Bárbaro xavier

Ator / AtrizJornalistaRoteirista
Agenciado por Beduschi Produções
São Paulo,
Idade: 37 anos
143
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Bárbaro xavier
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Atualizado em 19 de ago. de 22

Eu acho que todo artista, ator é um “obsidiado”, e falo isso com todo o peso que essa palavra possa representar. Eu acho sim!

Porque o ator é atormentado constantemente por não vontades de si mesmo. Eu sempre tive medo de isso não ser normal, e pelo que parece a muitos, não é mesmo rsrsr.

Eu sempre tive medo de ser diagnosticado com esquizofrenia, ou algo do tipo. Não por preconceito ou algo assim, mas por ver pessoas próximas com esse diagnóstico e saber como elas sofrem com tudo isso.

Aí, eu, nas minhas elucubrações desnorteadas, paro e penso que o artista tem sua vida meio que dada a uma espécie de mediunidade, ou esquizofrenia. Não querendo jamais comparar esse minha perturbação diária com as que os médiuns, pessoas que tem o contato direto com o mundo dito extra físico - Não!

Diferente disso, parece que o contato que temos não é com o mundo dos não vivos, mas pelo contrário. O que sinto é que estamos em constante interação com o que é o agora. Em contato direto com o que mais parece como uma frequência de rádio clandestina, muitos barulhos, e quando não perturbadas por outras ondas, captam músicas, vozes, gritos e sussurros , mas como ondas eletromagnéticas trocadas, fora da onda Zero, essa do real.

Eita, parece que agora ficou complicado de entender, né? Até ouço o eco : “ Pane no sistema, alguém me desconfigurou...”

O que estou tentando falar é que muitas vezes somos encarados como loucos. Mas com todo respeito aos que acham isso, os loucos são vocês. Porque diferente do que esses pensam, nós, os loucos, estamos sempre procurando em outras dimensões, mesmo que paralelas a essa - e não a do além vida, como os médiuns fazem - buscando novas formas de compreender esse mundo e lidar melhor com ele e o todo ao redor. Ou seria traduzir alguns das idéias do que seria essa forma de compreender isso tudo? Não se sabe! Ainda não cheguei ao final desse livro.

Sinceramente, não sei onde estaremos daqui a alguns anos, mas compreender e tentar trazer compreensão é urgente.

O sentimento do ator, o gesto do palhaço, os passos do dançante, a envergadura que faz o contorcionista no palco, as dezenas de palavras que o poeta vomita cirurgicamente é uma tentativa de compreender tudo isso que passa, muitas vezes frenética e incansável por suas mentes, seus delírios orquestrados, seus lapsos de contenção, dos seus ensaios de vida.

A vida é muito gigante, não tem cabimento tentar leva-la olhando apenas em uma direção retilínea. Não dá. Ela é como as curvas de um rio, vão se arranjando , se desdobram, invadindo divisas...

Ela escorrega entre os dedos daqueles que se deixam levar...

A orquestra da vida é um tom sem fim... transborda.

Aos sensitivos, ou aos que tem aflorado o “dom” e o “tom, desta dança, meus sinceros votos de que

Se VIVA!

merda

texto de:

Bárbaro Xavier

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myClappy
Bárbaro xavier
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Atualizado em 19 de ago. de 22

Sem sonho a vida é... Morte.

A vida talvez seja isso: um emaranhado de fases. Podem me tirar a vontade de não ser mais isso, que sou agora, mas jamais a de sempre se reinventar, mudar. Como geminiano que sou, não dirão nunca o caminho que eu devo seguir, porque eu só sei que eu "não vou por aí". Eu tenho o momento que preciso mudar, desistir, persistir e lutar ainda mais vezes, se for preciso. Mas saibam, não posso desistir de ser eu mais e mais vezes ainda... A vida só é completa quando se vive abundantemente, sem receios dos: "pode ser" ou do "o que virá". Viver é agora.

Ao passado não se torna, ao futuro... se chega... Uns mais apressados, outros mais serenos e passos calmos.

Pode-se controlar o pés para correr, mas os sonhos voam por toda a parte.


Sem sonho a vida é... Morte.

Sem dor, a vida é um instante

Sem vontade, a vida é apenas um rabisco, mal feito, medonho...


Saiba sempre o que não quer, e logo o mundo lhe dará o segundo certo para colocar os pés sobre o asfalto.

pense sempre grande, mas com a alma sempre leve para que não pese e pise em pessoas, ou lugares errados...

Nada vai ser 100% certo, mas nada será errado, se seu coração bate no compasso do Alto.

"Tudo posso, mas nem tudo me convém", diria o Paulo, depois de ter deixado o Saulo as cegas.

Seja livre, mas tenha sempre a liberdade como quem tem as nuvens envolta de um céu... Azul,

mas também saiba sempre abrir a visão para enxergar as cores dos dias cinzas...



Bárbaro Xavier

ator actor
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myClappy
Bárbaro xavier
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Atualizado em 31 de mai. de 22

POR MENOS JOGO DE INTERESSES E MAIS GLOBALIZAÇÃO SEM ILUSÃO

Estamos em um mesmo barco. Navegamos na nova terra. Compartilhamos a dificuldade de ser. Por uma outra globalização. Consumismo, a superação, a busca incessante pelo capital e o fatal desprezo pela integridade. Não existe romantismo na globalização, diga-se de passagem, na globalização do capitalismo. 

A globalização é divulgada pelos meios de comunicação, anúncios, em películas cinematográficas, como reflexo da necessidade do sistema em se manter inalterado: penetrando em nosso íntimo a profunda carência de sermos coisa ­­– aquilo que o poeta expressou em seu poema #EuEtiqueta. Carlos Drummond destaca aquilo no quê nos tornamos ao enxergarmos o supérfluo como essencial, mas não somos os culpados, completamente.

Obedecemos em ressonância a mistura do encantamento e da necessidade de termos o tudo para sermos: repletos de alegria. A onde vai culminar a nossa ânsia de consumo? Não paramos ainda para analisar e nem deglutir. Como relata Milton Santos: o que é encenado para nós cidadãos é a fábula da globalização, em um contexto romântico e pueril. Em uma conotação de estarmos ligados a uma grande corrente tecnológica, nos conectamos a uma grande rede mundial. Mas desastrosamente não nos deparamos coma realidade que somos uma mesma cultura, um mesmo gosto ­­– pelo o que se ver um contragosto.

#SomosCoisas, simplesmente, e nos devoramos. 

 O consumismo desenfreado nos desconstrói, arrasa o meio, a convivência. Sofremos se não temos. Nos deixa inconformados o desejo, ao ser engolido pela a realidade mesquinha da vaidade. Precisamos mais do que água ou comida­­ – quem dera fosse arte, balé ­­– como diz a letra da música contemporânea. Descartamos tudo e não nos damos conta da cama de gato onde nos encontramos em meio à névoa. Em algumas lendas do oriente essa cegueira é reflexo da opacidade posta pelo véu de Maia, o véu da ilusão. Não existe mais nada do que isso, ilusão. A imensa saga de que precisamos ter par ser. Esta fábula nos fascina a prospectar sempre mais o novo e desperdiçar tudo que não está antenado ou em conexão com o mundo frenético e girante do capitalismo avassalador. Nada o equilibra e a regra é essa. O desconstruir faz prosperar ciclicamente o capitalismo corrosivo. 

Nesta nossa globalização temos como foco a capital – e comum a e esse sistema – desconsiderarmos todo o resto. Parece ser muito desnecessário ver o universo. As mazelas que permeiam a humanidade são esquecidas ao confrontar com os interesses do sistema. Não existe regra de igualdade na atmosfera imposta pelo capital. Está tudo errado! Esse mundo que projetamos está a ruir veementemente.

O nosso respeito por nós mesmo se depara no objeto, amamos mais o artefato do que o próximo que respira ao lado. Para aonde caminhamos? Não precisamos ser uma única coisa, as diferenças globais nos enriquecem, dispomos nisto de várias óticas. Precisamos ser diversos, porém, carecemos do respeito com nossas diferenças benignas: valores, credos e culturas. A homogeneização nos retrocede porque não temos jugo de valor algum. Somos massa, nos robotizamos. O todo não existe neste estágio de consciência pífia. Somos como diria Caetano, o avesso do avesso do que verdadeiramente somos, seres pensantes e capazes de se mostrarem superiores e desbancar as manobras capitalistas. 

Não tente ficar parado! Globalização deve existir, mas outra globalização. Outra que não nos empurre ao vazio em que nos encontramos. Outra em que não tenhamos que ser números que compra mercadorias e esses mesmos números correm incessantemente para outros números, conseguindo ficar preso, procurando a liberdade. Pois é, essa metáfora nos traduz dentro deste sistema.

Neste marasmo não evoluiremos e estagnamos sendo apenas coisas, ou traduzidos pelas obras Hollywoodianas, representados como apenas zumbis. Em sumo, mercadoria é o que somos. Sendo assim, temos restrições. Coisas, decisivamente têm prazo para o fim. Decreta-se a validade desde o ponto de fabricação. Esse sistema tem data para acabar. “Porém ainda não é o final”– aponto que pode haver erro nesta análise. Pode ser visto o colapso das mercadorias antes mesmo dos outros elementos. A massa que lhe dá consistência pode ser a primeira a vir a perecer. Sobreviventes serão aqueles que estarão dentro da bizarra ilusão de Maia, mas não estarão sendo corroídas por ela. Esses estarão sendo, e não tendo o superego medonho da cobiça.  


Bárbaro Xavier

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myClappy
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