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Angélica Prieto

São Paulo,
Idade: 32 anos
Profissional da Arte
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Angélica Prieto
2K visualizações

Atualizado em 09 de nov. de 21

Rachel Reis: a baiana que transformou "maresia" em música. Entrevista com a cantora e compositora do futuro tropicano

Dica: comece a ler esta entrevista depois de dar o play em “Maresia”. “O balanço é bom demais. O balanço é bom”, prenuncia a música que conta já com mais de 31 mil visualizações no YouTube.

Diretamente de Feira de Santana, na Bahia, a cantora e compositora Rachel Reis abre uma fresta do seu universo dançante, futurista e tropicano, numa entrevista exclusiva ao myClappy. 

Uma artista-mulher “curiosa” e (quase) independente. “A gente é independente, mas a gente não é exatamente independente, tem uma galera ali acreditando na gente”, conta a cantora baiana, que não se vê em mais nenhum outro lugar que não na música - "música é meu rolê, realmente, não tem para onde eu correr".

Muitos são os parceiros da sua caminhada musical que ganhou um novo gás em abril deste ano, com o lançamento do seu primeiro EP “Encosta”, gravado em parceria com Zamba e Cuper – uma homenagem à Bahia “através dos ritmos” que ouvia desde pequena: do pagodão ao arrocha. 

Foi durante a pandemia que Rachel Reis, que é também estudante de Publicidade e Propaganda, decidiu deixar de vez os "barzinhos" e os "casamentos" para lançar a sua obra autoral em plena era do streaming. 

De uma música, acabou por nascer um EP inteiro: “20h”, “Chanel”, “Saudade” e “Desatei” compõem “Encosta”, disponível nas plataformas digitais de música e disponível também nos corações de quem vive os tais “dilemas amorosos” - eita, sofrência!

E a vontade do momento, revela Rachel, ao myClappy, é o de se estrear de corpo e alma em festivais dentro e fora do Brasil.

myClappy: Como está essa questão do algoritmo na sua cabeça hoje? Como você lida com isso do "pré-save"?

Eu comecei a cantar em 2016, mas não era nada muito profissional, era barzinho, o que surgisse. Mas eu não tinha nenhuma noção desse meio de produção, desse rolê todo e de como funciona o mercado hoje. Eu tinha uma noção básica de como funcionava o mercado antigamente, antes dessa era do streaming. 

Minha mãe era cantora de seresta e eu desde pequenininha segui esse rolê. Mas, hoje em dia, é tudo muito mudado. Eu acho legal, importante, porque dá mais possibilidades para quem é artista independente, para quem não tem tanto recurso como eu - e o tanto de artista legal que pode se mostrar hoje em dia.

Em 2020, eu consegui lançar uma música autoral – a primeira música que eu lancei nas plataformas – e foi quando eu descobri esse mundo do pré-save. Depois disso eu não aquietei mais e comecei a estudar essas coisas. Também estudo Publicidade e Propaganda, então soma tudo num pacote só: eu sou bem curiosa, gosto muito de aprender. 

myClappy: E esse caminho você foi desbravando sozinha… como você foi construindo isso? Alguém te deu uma pista? 

Às vezes, eu paro para pensar sobre isso. Desde 2020, quando eu lancei a primeira música, as coisas parece que foram acontecendo e não pararam mais. Não teve um momento, desde que eu lancei a primeira música, que eu parei. É [fazer] clipes, bora produzir outra música, e está sendo assim. 

Nesse primeiro lançamento eu não tinha nenhuma ideia de como funcionava esse mundo de produção, com quem eu queria produzir. Eu queria produzir minhas músicas autorais, queria que fosse uma sonoridade legal, mas eu não sabia como funcionava o rolê de contratar um estúdio, eu estava muito perdida. 

Mas já estava com essa ideia de parar com barzinho para começar com o autoral, já tinha começado a juntar um dinheiro, inclusive, para procurar um estúdio, com esse [cantor] Barro (um cantor de Pernambuco que eu já conhecia o som, mas a gente se conheceu oficialmente no Instagram e começamos a conversar nesse período em que eu estava preocupada em como faria, com quem eu ia gravar). 

A gente começou a conversar e eu mandei um trecho de “Ventilador” para ele – que foi o primeiro single que eu lancei – e ele gostou muito e falou que tinha acabado de abrir um estúdio em Recife. E a gente começou a conversar sobre a possibilidade de fazer essa gravação lá, e assim que eu consegui, eu viajei para Recife, a gente gravou essas duas músicas que foram “Ventilador” e “Sossego” - e depois disso uma coisa foi se conectando à outra.

Depois que gravei essas músicas e lancei com eles, com Barro e Guilherme Assis, eu conheci os meninos de Salvador, Bruno Zambelli e Cuper, e começamos a produzir por acaso, já gostava do trabalho de Bruno – chamei ele porque eu queria fazer alguma coisa com ele – na época ele estava ocupado, mas depois de um tempinho, ele fez um beat para “Saudade”, que foi a primeira música do EP, e aí ele falou assim: ‘poxa essa música me lembra uma cantora, vou chamar e botar letra’, ele me chamou e nisso, que seria só uma música, um single, a gente lançou um EP inteiro.

myClappy: E nessas conexões, de onde veio a arte do CD, foi a Maíra [Moura Miranda]?

Isso. Maíra Moura, é uma artista incrível. Ela é maravilhosa, ela topou fechar com a gente para poder fazer todas as artes envolvendo o projeto, com o toque dela. Está divino, eu amo de paixão essas artes. 

A gente conseguiu um clipe também com o Matheus Pirajá e Julia Saba. Paula Cubilhas também ajudou na produção do clipe. Ana está comigo. 

Eu tinha muitas dúvidas: por onde eu vou fazer isso, por onde eu começo e depois que eu comecei parece que as coisas vão se ligando, eu sou muito feliz porque as coisas têm chegado de forma muito tranquila até mim, eu tenho feito parcerias com gente muito legal. 

A gente é independente, mas a gente não é exatamente independente. Tem uma galera ali acreditando na gente. São redes que vão se conectando aos poucos porque, realmente, não é fácil se achar. 

myClappy: Não é fácil ser artista, mulher, no Brasil de 2021. Você está começando num período que tem dado muita coisa certa, mas como é para você ser artista, mulher, em 2021, no Brasil, passando tudo o que a gente está passando? 

Eu acho 'paia' [gíria: algo sem graça, sem valor] demais. Eu ainda não peguei um festival – é o meu sonho – a gente olha para quem está lá, quem vai tocar, e são poucos os nomes que a gente vê de mulheres, eu curto muito o som de mulheres, a maioria das minhas playlists são de mulheres. Mas é ainda bem difícil para a gente ter acesso a esses locais, a maioria das bandas que a gente vê são formadas por homens, é uma coisa que a gente tem que ir quebrando na força do ódio. 

myClappy: Se existirmos como um, todas as existências existirão. A gente precisa fazer com que isso aconteça, que cada existência aconteça, que cada Rachel aconteça, que cada Maíra aconteça, para que tudo aconteça...

Só quero estar nos festivais da vida – em todos eles. Amo muito essa ideia de tocar nos festivais, é meu foco principal, não só no Brasil, mas tentar fora também. 

myClappy: Seu som, seu clipe é de uma qualidade enorme que ninguém imagina que o primeiro single foi lançado em 2020. A gente, realmente, acredita que tem muita coisa para acontecer. 

Eu fiz muita coisa de feira, eu passei dois anos aqui fazendo barzinho, casamento, prefeitura, mas aí teve um momento que eu comecei a me sentir meio cansada do que eu estava fazendo, já era uma coisa que não me agradava muito, eu até prensei em parar de cantar, porque eu não tinha a noção de que o que eu queria era cantar coisas minhas. Depois que eu desenvolvi essa ideia na minha cabeça, aí eu disse: música é meu rolê, realmente, não tem para onde eu correr. 

myClappy: Você tem uma música queridinha? Qual é a música que você fala 'essa daqui eu gosto, nasceu de um jeito especial'?

Eu acho que agora está sendo “Maresia”, eu sempre fico mais apegada à que saiu depois, as outras eu vou tirar do ar, mentira. 

myClappy: Conta um pouquinho sobre como surgiu a música “Maresia”. Você foi compositora também… 

Isso. A gente desenvolveu o EP e teve um momento que eu pensei em colocar uma coisa mais leve e comecei a compor a letra de “Maresia”, mas depois eu comecei a achar simples demais, não vou botar essa música não, e a gente teve a ideia de que fosse um arrocha porque o EP está bem voltado ali para ritmos que a gente escuta na Bahia desde pequeno, o pagodão, o arrocha, e a gente pensou vamos colocar isso aqui em arrocha, mas eu fiquei com uma certa implicância com “Maresia”, dei uma relutada para poder divulgar essa música. 

Teve um momento que de tanto ouvir, eu me apeguei e me acostumei à sonoridade dela, falei não, isso aqui está bonito, eu que sou chata demais. Ela foi uma das últimas e a gente deu uma segurada nessa. A gente teve a ideia de chamar Fredinho Louco que é um cantor de Boipeba, que ele encontrou, por acaso, cantando em Boipeba, e ele convidou para participar, botou a voz de Fred quando a música estava montada, a gente lançou o EP e depois de um tempo pensou vamos lançar “Maresia”, música bônus, e a gente foi lá e lanço. 

myClappy: Que dificuldades surgiram para produzir na pandemia? 

O processo inteiro do EP foi em paz, tranquilo, apesar de a gente não ter tido muito contato pessoalmente, foi tudo à distância, porque eu sou daqui de Feira de Santana, do interior da Bahia, e eles são de Salvador. Foi tudo online. Eu fazendo as composições, eles mandando pitches.

Eu só fui para Salvador para gravar voz, o que pegou mais foi o audiovisual, na pandemia e tudo mais, e também com a questão financeira – que não é fácil – tudo que se faz no audiovisual é meio barrio [gíria: algo difícil, complicado] para artista independente que não tem como investir. Essa foi a questão que pegou mais porque de restante os meninos produzem, mixam, são geniozinhos da música e isso foi tranquilo. 

myClappy: Teve algum 'perrengue' na vida de artista que você passou e quer contar para a gente?

Tem, o que me pegou agora foi a primeira vez que eu fui cantar “Ventilador” no Feira Noise, porque o cantor/produtor estava lá cantando e me chamou para fazer uma participação, e a música começa à capela, eu estava muito nervosa - a primeira vez que eu ia cantar para um monte de gente - e aí na hora que ele puxou a música, ele puxou num tom e eu entrei no Jerry [no outro], foi horrível. Eu não gosto nem de lembrar desse dia, mas a gente se achou e ninguém percebeu, eu acho. 

myClappy: Tenho uma curiosidade: eu fico imaginando se o Caetano Veloso põe Caetano para escutar num domingo... Qual é o teu xodozinho, que você coloca para ouvir, tomar banho, para jantar? 

Eu não sou muito chegada em ouvir minhas coisas não, mas “Maresia” eu fiquei com esse apego nela e com algumas músicas que eu não lancei ainda que estou preparando para o álbum. Tem dias, sabe. Mas chega um momento que eu enjoo e eu não quero escutar nunca mais. 

Acompanhe Rachel Reis nas plataformas digitais de música e redes sociais.

Foto: Lucas Raion

#cultura #streaming #música #entrevista #bahia #rachelreis
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Angélica Prieto
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Atualizado em 10 de out. de 21

Conheça 10 agências para atrizes e atores no Rio de Janeiro

São muitas as opções de agências (com exclusividade ou não) para atrizes e atores no Rio de Janeiro. O myClappy elaborou uma lista com 10 agências para ajudar você a entrar no mercado audiovisual.

Cada agência tem o seu processo de seleção (cadastro online, e-mail, entrevista física/online, WhatsApp), por isso, explore o site da(s) agência(s) de seu interesse, as suas redes sociais e/ou entre em contato via telefone ou endereço eletrônico para saber mais.

Lembre-se de conhecer os setores em que a agência atua (Cinema, TV, Publicidade), assim como o seu público-alvo/casting.

Confira abaixo a lista do myClappy com 10 agências localizadas no Rio de Janeiro:

Agência Five (sediada também em São Paulo) 

E-mail: contato@fivecasting.com.br

Instagram: https://www.instagram.com/agenciafivecasting/

Cadastro online: https://fivecasting.com.br/teste-online/ 

Army Agency 

E-mail: contato@armymail.com.br

Instagram: https://www.instagram.com/armyagency_casting/

Attos Casting

Cadastro online: https://bit.ly/3mF7ybE

Instagram: https://www.instagram.com/attos.casting/

BR3 Produções Artísticas (sediada também em Los Angeles, EUA)

E-mail: contato@agenciamento.com

Vimeo: https://vimeo.com/user84681568

Condé+

Instagram: https://www.instagram.com/conde_mais/

Email: https://www.condemais.com.br/contato/

Destaque

Instagram: https://www.instagram.com/destaqueimagem/

Formulário automático: http://www.destaque.art.br/contato/

Fernanda Ribas 

E-mail: contato@frproducoes.com.br

Instagram: https://www.instagram.com/fernandaribasproducoes/

LMA Produções

Cadastro online: https://bit.ly/30bbtWn

E-mail: lmaproducoes@gmail.com 

Instagram: https://www.instagram.com/lmaproducoes/

Mario Damasceno 

E-mail: contato@marciodamasceno.com.br

Instagram: https://www.instagram.com/damascenomarcio/

Montenegro Talents 

E-mail: http://montenegrotalents.com.br/quem-somos/#contato (formulário automático)

Instagram: https://www.instagram.com/montenegrotalentsoficial/


audiovisual atriz ator rio de janeiro agência agenciamento
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Angélica Prieto
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Atualizado em 08 de out. de 21

Conheça 10 agências para atrizes e atores em São Paulo

São muitas as opções de agências (com ou sem exclusividade) para atrizes e atores em São Paulo. O myClappy elaborou uma lista com 10 agências para ajudar você a entrar no mercado audiovisual. 

Cada agência tem o seu processo de seleção (cadastro online, e-mail, entrevista física/online, WhatsApp), por isso, explore o site da(s) agência(s) de seu interesse, as suas redes sociais e/ou entre em contato via telefone ou endereço eletrônico para saber mais.

Lembre-se de conhecer os setores em que a agência atua (Cinema, TV, Publicidade), assim como o seu público-alvo/casting.

Confira abaixo a lista do myClappy com 10 agências* localizadas em São Paulo: 

Armando Casting 

Cadastro online: https://www.armandocasting.com.br/cadastro

E-mail para envio de material: material@armandocasting.com.br 

Instagram: https://www.instagram.com/armandocasting/ 

BAA 

E-mail: contato@baa.com.br 

Instagram: https://www.instagram.com/baatalent/ 

Base MGT 

Cadastro online: https://basemgt.com.br/cadastro 

E-mail: contato@basemgt.com.br 

Instagram: https://www.instagram.com/base_mgt/ 

Casting Lab

E-mail para envio de material: material@castinglab.com.br

Instagram: https://www.instagram.com/castinglab1/ 

Jabuticaba  

Cadastro online: http://agenciajabuticaba.com.br/cadastro-artistas/ 

E-mail: contato@agenciajabuticaba.com.br 

Instagram: https://www.instagram.com/agenciajabuticaba/ 

Kozmoz 

E-mail para envio de material: contato@kozmos.com.br

Instagram: https://www.instagram.com/agenciakozmos/

Mondiale 

Cadastro online: http://www.agenciamondiale.com.br/cadastrobase1.php 

Instagram: https://www.instagram.com/mondicasting/

Nossa Senhora do Casting 

Cadastro online: https://nscast.me/users/sign_in 

Instagram: https://www.instagram.com/nscasting/

Pesquisa de Elenco 

Grupo de Facebook: https://www.facebook.com/groups/475380785933281/ 

E-mail: contato@pesquisadeelenco.com 

Instagram: https://www.instagram.com/pesquisadeelenco/

VGI 

E-mail: contato@vgiagentes.com.br 

Instagram: https://www.instagram.com/vgi.agentes/


  • Estas agências não cobram taxa de agenciamento.


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